
Índice
- Resumo Executivo: Principais Mudanças nas Leis de Imóveis de Gana (2025–2030)
- Órgãos Reguladores e Seus Papéis em Evolução no Mercado de Propriedades de Gana
- Regras de Propriedade da Terra: Estrangeiros, Locais e Nuances de Arrendamento
- Licenciamento e Registro: Novos Requisitos de Conformidade para Desenvolvedores e Agentes
- Tributação e Taxas: Atualizações de 2025 sobre Propriedade, Ganhos de Capital e Imposto de Selo
- Leis Ambientais e de Zoneamento: Impacto no Desenvolvimento Urbano e Rural
- Lavagem de Dinheiro & Diligência Devida: Padrões Mais Rigorosos para Transações
- Resolução de Conflitos: Processos Legais e Jurisprudência Recente
- Estatísticas Chave: Crescimento do Mercado, Tendências de Investimento e Aplicação Regulamentar
- Perspectivas Futuras: Reformas Antecipadas e Direções Políticas até 2030
- Fontes & Referências
Resumo Executivo: Principais Mudanças nas Leis de Imóveis de Gana (2025–2030)
O cenário regulatório de imóveis de Gana está passando por uma transformação significativa à medida que o país busca aumentar a transparência, a proteção do investidor e o crescimento setorial a partir de 2025. A recente atividade legislativa, liderada pelo Parlamento de Gana e implementada pela Comissão de Terras e pela Autoridade Nacional de Receita de Gana, marca uma mudança decisiva em direção à formalização das transações de propriedade e ao fortalecimento dos mecanismos de conformidade.
- Implementação da Lei de Terras, 2020 (Lei 1036): A implementação total da Lei de Terras de 2020 está sendo priorizada. Esta Lei consolida e atualiza leis de terras díspares, introduz o registro obrigatório de títulos de terra e formaliza mecanismos de resolução de disputas. Em 2025, os reguladores do setor estão intensificando os esforços para digitalizar os registros de terras e agilizar o registro, com o objetivo de reduzir os prazos de registro em 50% nos próximos cinco anos (Comissão de Terras).
- A Lei de Agências Imobiliárias, 2020 (Lei 1047): O Conselho de Agências Imobiliárias (REAC) já está operacional, licenciando corretores e agentes para aumentar o profissionalismo e reduzir fraudes. Até 2025, todos os intermediários devem se registrar no REAC, com a prática não licenciada sujeita a processo (Ministério de Terras e Recursos Naturais).
- Conformidade com a Lavagem de Dinheiro (AML): Em alinhamento com as recomendações do Grupo de Ação Financeira (FATF), Gana está apertando os requisitos de AML em imóveis. O Centro de Inteligência Financeira agora exige o relatório de transações suspeitas, especialmente aquelas envolvendo compradores estrangeiros ou grandes pagamentos em dinheiro.
- Reformas no Imposto sobre Propriedade: A Autoridade Nacional de Receita de Gana está lançando novas plataformas digitais para avaliação e arrecadação de impostos sobre propriedade, visando um aumento de 30% na conformidade até 2027.
- Limites de Propriedade Estrangeira e Arrendamento: O limite constitucional de arrendamento de 50 anos para estrangeiros permanece, mas um monitoramento e registro aprimorados estão sendo aplicados para evitar contornos (Comissão de Terras).
As estatísticas chave destacam a rápida evolução do setor: até meados de 2025, mais de 70% dos lotes de terra urbana em Acra e Kumasi devem ser digitalizados, e o tempo médio de registro de terras deve cair abaixo de 90 dias. As perspectivas para 2025–2030 são caracterizadas por maior certeza regulatória, combate à fraude e maior confiança do investidor, apoiada por um robusto quadro de conformidade e transformação digital contínua. Essas reformas estão prestes a remodelar o setor imobiliário de Gana, promovendo o crescimento sustentável e alinhando o mercado com as melhores práticas internacionais (Comissão de Terras).
Órgãos Reguladores e Seus Papéis em Evolução no Mercado de Propriedades de Gana
O setor imobiliário de Gana passou por uma evolução regulatória significativa nos últimos anos, com o governo intensificando esforços para melhorar a transparência, a proteção do investidor e o desenvolvimento urbano sustentável. Central para essa transformação é a criação do Conselho de Agências Imobiliárias (REAC), inaugurado sob a Lei de Agências Imobiliárias, 2020 (Lei 1047). O REAC atua como a principal autoridade reguladora, encarregada de licenciar, regular e monitorar corretores, desenvolvedores e agências imobiliárias que operam no país.
Desde a operacionalização do REAC em 2022, a agência introduziu uma plataforma digital de licenciamento, simplificando a conformidade para os participantes do mercado e melhorando a supervisão. Até 2024, mais de 2.000 profissionais e agências haviam se registrado no conselho, um número que deve aumentar à medida que a aplicação for intensificada em 2025 e além. O conselho atualiza regularmente seus requisitos de conformidade — incluindo formação profissional contínua obrigatória e rigorosos protocolos de lavagem de dinheiro (AML) — para se alinhar com as melhores práticas globais e abordar a vulnerabilidade de Gana a fluxos financeiros ilícitos nas transações imobiliárias (Conselho de Agências Imobiliárias).
O Ministério de Terras e Recursos Naturais também desempenha um papel crucial, supervisionando reformas na administração da terra e a digitalização dos registros de terras por meio do Projeto de Administração da Terra de Gana (LAP). A Autoridade de Uso e Planejamento Espacial (LUSPA) é responsável por fazer cumprir as regulamentações de planejamento e zoneamento, garantindo a expansão urbana ordenada e a conformidade com os padrões ambientais. A sinergia entre esses órgãos pretende reduzir disputas de terras, agilizar o registro de propriedades e melhorar a facilidade geral de fazer negócios em imóveis.
Além disso, o Centro de Inteligência Financeira colabora ativamente com o REAC para monitorar transações imobiliárias em busca de riscos de lavagem de dinheiro, exigindo que todos os participantes do setor implementem procedimentos de diligência devida do cliente. Enquanto isso, a Autoridade Nacional de Receita de Gana faz valer a conformidade fiscal nas transações de propriedade, e as recentes alterações legislativas buscam esclarecer as obrigações fiscais tanto para investidores nacionais quanto estrangeiros.
Olhando para 2025 e os anos seguintes, espera-se que os órgãos reguladores aprofundem a integração digital, ampliem o engajamento das partes interessadas e intensifiquem as verificações de conformidade. Com a urbanização acelerando — mais de 57% dos ganenses agora residem em áreas urbanas — a vigilância regulatória deverá permanecer alta, com mais reformas destinadas a fomentar a confiança do investidor e garantir um crescimento sustentável no mercado de propriedades de Gana (Serviço Estatístico de Gana).
Regras de Propriedade da Terra: Estrangeiros, Locais e Nuances de Arrendamento
A estrutura de propriedade da terra em Gana é fundamentada na Constituição de 1992 e na Lei de Terras, 2020 (Lei 1036), que juntas definem os direitos e limitações para cidadãos e estrangeiros na aquisição e manutenção de interesses sobre a terra. O cenário regulatório é moldado por sistemas de posse costumeira, legislação estatutária e reformas recentes destinadas a simplificar a administração da terra e aumentar a segurança da posse.
Para os ganenses, a propriedade da terra é geralmente permitida sob arranjos de posse costumeira e estatutária. Grande parte da terra de Gana (estimada em quase 80%) é mantida sob título costumeiro por famílias, clãs ou tronos/pele, com o restante sob domínio estatal ou privado. A Comissão de Terras supervisiona o registro e a administração dos direitos de terra, promovendo a transparência e reduzindo disputas.
Os cidadãos estrangeiros enfrentam restrições mais rígidas. A Constituição proíbe explicitamente os não cidadãos de possuírem interesses de domínio pleno sobre a terra. Em vez disso, os estrangeiros podem apenas adquirir interesses de arrendamento, limitados a um prazo máximo de 50 anos (renovável), enquanto os cidadãos ganenses podem garantir arrendamentos de até 99 anos. Essa restrição se aplica tanto a compras diretas quanto a posse indireta através de veículos corporativos onde a propriedade estrangeira excede a participação local. Essas disposições estão codificadas e aplicadas sob a Lei de Terras, 2020 (Ministério de Terras e Recursos Naturais).
Os arranjos de arrendamento em Gana requerem conformidade cuidadosa com os procedimentos estatutários. Todas as transações de terra, sejam para locais ou estrangeiros, devem ser registradas na Comissão de Terras para se tornarem legalmente executáveis. A lei introduziu disposições obrigatórias de consentimento e avaliação para evitar alienação ilegal e proteger os interesses de todas as partes. A não conformidade pode tornar transações nulas ou sujeitas à perda. A Comissão também lançou plataformas digitais para agilizar o registro de títulos, reduzindo atrasos e melhorando a transparência.
Dados recentes da Comissão de Terras indicam um aumento constante nas transações de arrendamento envolvendo tanto indivíduos locais quanto estrangeiros, refletindo a crescente confiança dos investidores após a implementação da nova Lei de Terras. No entanto, a litígios sobre terras permanecem um desafio, devido em grande parte a reivindicações sobrepostas e documentação inadequada, especialmente em áreas de posse costumeira.
Olhando para 2025 e além, o governo continua a priorizar reformas — como a digitalização dos registros de terras e campanhas de educação pública — para esclarecer ainda mais os direitos de propriedade e incentivar tanto o investimento nacional quanto estrangeiro em imóveis. Espera-se que atualizações legislativas e administrativas reforcem os requisitos de diligência devida para locatários estrangeiros e apoiem os mecanismos de resolução de disputas, garantindo que o setor de terras de Gana permaneça atraente, mas em conformidade com os interesses nacionais.
Licenciamento e Registro: Novos Requisitos de Conformidade para Desenvolvedores e Agentes
Em resposta a desafios persistentes, como disputas de terras, transações fraudulentas e um mercado imobiliário em expansão, Gana intensificou seu quadro regulatório para licenciamento e registro de imóveis. A Lei de Agências Imobiliárias, 2020 (Lei 1047) marcou um desenvolvimento crucial, estabelecendo o Conselho de Agências Imobiliárias (REAC) para supervisionar, licenciar e regular os profissionais de imóveis. Até 2025, o regime de conformidade do REAC estará totalmente operacional, afetando desenvolvedores, corretores e agentes em todo o país.
Sob a Lei 1047, todos os desenvolvedores, agentes e corretores de imóveis devem obter licenças do REAC antes de se envolverem em transações de propriedades. O processo de licenciamento envolve atender a requisitos educacionais e profissionais, verificações de antecedentes para evitar lavagem de dinheiro e aderência a um código de conduta aplicável. O REAC também mantém um registro público de todos os profissionais licenciados, aumentando a transparência do mercado e a proteção do consumidor (Conselho de Agências Imobiliárias).
A partir de 2024, o Conselho intensificou a supervisão de conformidade, exigindo renovações anuais de licenças e desenvolvimento profissional contínuo. No início de 2025, mais de 3.500 profissionais haviam se registrado, mas o Conselho estima que centenas de entidades não registradas ainda precisam se adequar. Auditorias de conformidade e ações de execução, incluindo multas e suspensão de licenças, aumentaram, com o Conselho atacando tanto operadores urbanos quanto rurais.
Os processos de registro de terra também foram fortalecidos por meio da integração com a Comissão de Terras e a digitalização de registros. Os desenvolvedores agora devem demonstrar um título de terra claro e registro antes da aprovação de projetos. A plataforma digital da Comissão de Terras, em operação desde 2023, deve reduzir os tempos de registro e coibir vendas de terras fraudulentas, um problema recorrente nos anos anteriores.
Olhando para frente, espera-se que o ambiente regulatório se torne ainda mais rigoroso. Emendas à Lei de Agências Imobiliárias estão em discussão para aumentar as penalidades por não conformidade e expandir o mandato do REAC para cobrir empresas de gerenciamento de propriedades. Além disso, o alinhamento de Gana com os padrões internacionais de combate à lavagem de dinheiro significa que os agentes e desenvolvedores agora são obrigados a relatar transações suspeitas, conforme destacado pelo Centro de Inteligência Financeira.
- Até 2025, todos os agentes e desenvolvedores imobiliários devem estar licenciados, com renovações anuais e treinamento contínuo.
- Operadores não registrados enfrentam penalidades significativas e possível processo penal.
- Registros de terra e de profissionais digitalizados melhoram a transparência e a segurança das transações.
As perspectivas sugerem um setor imobiliário mais disciplinado e transparente, com mecanismos robustos de conformidade que protegem investidores, compradores e o público em geral.
Tributação e Taxas: Atualizações de 2025 sobre Propriedade, Ganhos de Capital e Imposto de Selo
O ambiente regulatório para tributação imobiliária em Gana continua a evoluir à medida que o governo refina a política fiscal para aumentar a receita e melhorar a conformidade. A partir de 2025, três categorias principais de imposto permanecem centrais para as transações de propriedade: taxa de propriedade, imposto sobre ganhos de capital e imposto de selo. Atualizações recentes refletem tanto emendas legislativas quanto reformas administrativas, com implicações significativas para compradores, vendedores e investidores.
- Taxa de Propriedade: A taxa de propriedade, uma forma de imposto local, é cobrada anualmente pelas Assembleias Metropolitanas, Municipais e Distritais (MMDAs). Iniciativas recentes de digitalização pela Autoridade Nacional de Receita de Gana (GRA) integraram a arrecadação da taxa de propriedade ao sistema nacional de impostos, melhorando a transparência e a conformidade. A GRA agora administra as taxas de propriedade por meio da Plataforma Comum Unificada, simplificando os pagamentos e reduzindo vazamentos. Projeções sugerem que a receita da taxa de propriedade aumentará pelo menos 20% em 2025, à medida que mais propriedades forem avaliadas e faturadas eletronicamente.
- Imposto sobre Ganhos de Capital: Os ganhos da venda de imóveis estão sujeitos a um imposto sobre ganhos de capital de 15%, em conformidade com a Lei do Imposto de Renda, 2015 (Lei 896) e emendas posteriores. Isenções se aplicam a transferências entre cônjuges, doações a certos familiares e transações envolvendo residências principais sob condições específicas. Revisões legislativas no final de 2024 reafirmaram a taxa de 15%, mas introduziram medidas de aplicação mais rigorosas, incluindo certificados de regularidade fiscal obrigatórios antes do registro de propriedade. Isso visa abordar a ampla subdeclaração dos valores de vendas.
- Imposto de Selo: O imposto de selo é devido sobre instrumentos relacionados a transferências de propriedade, com taxas variando de 0,25% a 1% do valor da propriedade, conforme estipulado na Lei do Imposto de Selo, 2005 (Lei 689). A Comissão de Terras em 2025 continua a colaborar com a GRA para digitalizar o processo de avaliação e arrecadação, reduzindo os prazos de processamento e coibindo a subdeclaração dos valores de propriedade.
As taxas de conformidade melhoraram após a implementação de sistemas fiscais eletrônicos, mas os desafios persistem, especialmente no que diz respeito à avaliação e à aplicação em assentamentos informais. A perspectiva do governo para 2025–2027 inclui planos para uma maior integração de dados GIS e colaboração interagências para ampliar a arrecadação tributária e garantir avaliações equitativas.
Os interessados devem monitorar o Ministério das Finanças e a Autoridade Nacional de Receita de Gana para diretrizes futuras, pois as reformas em andamento podem ajustar taxas ou introduzir novos requisitos de conformidade em linha com a agenda de consolidação fiscal de Gana.
Leis Ambientais e de Zoneamento: Impacto no Desenvolvimento Urbano e Rural
As leis ambientais e de zoneamento de Gana são fundamentais para moldar a trajetória do desenvolvimento urbano e rural, influenciando diretamente as atividades imobiliárias em todo o país. Sob a Lei de Proteção Ambiental, 1994 (Lei 490) e a Lei de Uso e Planejamento Espacial, 2016 (Lei 925), uma estrutura legal abrangente obriga a avaliação ambiental, a conformidade com o zoneamento e a utilização sustentável da terra para todos os projetos de desenvolvimento. Estas normas são aplicadas pela Agência de Proteção Ambiental (EPA) e pela Autoridade de Uso e Planejamento Espacial (LUSPA), ambas tendo intensificado a supervisão nos últimos anos para abordar a rápida urbanização e preocupações ecológicas.
Todos os desenvolvimentos imobiliários — residenciais, comerciais e industriais — requerem Avaliações de Impacto Ambiental (EIAs) antes da obtenção de permissões de construção. O relatório de conformidade da EPA de 2022 indicou que 87% dos principais projetos urbanos em Acra e Kumasi passaram por revisão de EIA, com uma tendência crescente de ações de aplicação contra desenvolvimentos não conformes. As regulamentações de zoneamento, conforme estipulado pela LUSPA, demarcam a terra para usos específicos e são centrais à agenda do governo atual “Gana Além da Ajuda”, que prioriza o crescimento ordenado e a infraestrutura verde. Notavelmente, as emendas de 2023 às diretrizes de planejamento introduziram requisitos mais rigorosos de zona de proteção para zonas úmidas e rios, afetando diretamente tanto a expansão urbana quanto a conversão de terras rurais.
Em áreas rurais, novas regulamentações restringem crescentemente a conversão de terras agrícolas em imóveis para preservar a segurança alimentar e a biodiversidade. A modernização contínua dos registros de terras do governo — prevista para conclusão até 2026 — deve reduzir disputas de limites e facilitar o cumprimento mais transparente do zoneamento (Autoridade de Uso e Planejamento Espacial). Em áreas urbanas, uma maior fiscalização sobre desenvolvimentos de uso misto e assentamentos informais resultou em programas de regularização, com a LUSPA relatando mais de 2.500 estruturas não autorizadas demolidas ou retrofitted em 2024.
Olhando para 2025 e além, o setor imobiliário de Gana está preparado para um aumento da complexidade regulatória. Os principais centros urbanos verão um endurecimento adicional da aplicação de zoneamento e normas ambientais, enquanto os distritos rurais devem se beneficiar de iniciativas de manejo sustentável da terra direcionadas. Os desenvolvedores devem integrar a conformidade ambiental desde a concepção do projeto, à medida que a EPA e a LUSPA continuam a lançar sistemas digitais de permissão e monitoramento. Essas mudanças devem melhorar a estabilidade de mercado a longo prazo, avançar a resiliência climática e alinhar o crescimento imobiliário com os compromissos de desenvolvimento sustentável de Gana (Agência de Proteção Ambiental).
Lavagem de Dinheiro & Diligência Devida: Padrões Mais Rigorosos para Transações
Nos últimos anos, Gana intensificou seus esforços para combater a lavagem de dinheiro no setor imobiliário, reconhecendo sua vulnerabilidade a fluxos financeiros ilícitos. O Centro de Inteligência Financeira (FIC), o principal órgão responsável pela supervisão da lavagem de dinheiro (AML), continua a aplicar e atualizar regulamentos em linha com os padrões internacionais. A aprovação e implementação da Lei de Lavagem de Dinheiro, 2020 (Lei 1044), juntamente com os Regulamentos de Lavagem de Dinheiro, 2021 (L.I. 2374), estabeleceram a base legal para requisitos mais rigorosos de diligência devida em transações imobiliárias. Essas leis exigem que profissionais imobiliários, incluindo agentes, desenvolvedores e advogados, conduzam uma diligência devida do cliente (CDD) aprimorada, especialmente para transações envolvendo pessoas politicamente expostas (PEPs), propriedades de alto valor ou clientes de jurisdições de alto risco (Centro de Inteligência Financeira).
O Conselho de Agências Imobiliárias de Gana (REAC), estabelecido sob a Lei de Agências Imobiliárias, 2020 (Lei 1047), institucionalizou ainda mais a conformidade ao exigir o licenciamento e a regulamentação de todos os corretores e agentes imobiliários. A partir de 2025, o mandato contínuo do REAC inclui verificar as identidades dos compradores e vendedores de propriedades, manter registros de transações e relatar atividades suspeitas ao FIC. A não conformidade pode resultar em penalidades severas, incluindo revogação de licença e multas (Conselho de Agências Imobiliárias de Gana).
As principais obrigações de conformidade em 2025 incluem:
- Procedimentos obrigatórios de Conheça Seu Cliente (KYC) para todas as transações imobiliárias.
- Monitoramento contínuo de clientes e transações, com foco em identificar padrões incomuns ou grandes pagamentos em dinheiro.
- Relatório obrigatório de relatórios de transações suspeitas (STRs) ao FIC dentro de 24 horas após a detecção.
- Implementação de programas internos de treinamento em AML e conformidade pelas empresas licenciadas.
Estatísticas recentes indicam um aumento acentuado nas atividades de conformidade. Segundo o FIC, os relatórios de transações suspeitas provenientes de profissionais imobiliários aumentaram em mais de 30% entre 2022 e 2024, refletindo uma vigilância elevada e conscientização regulatória. O FIC também intensificou suas inspeções de supervisão, realizando mais de 150 auditorias presenciais e remotas de negócios imobiliários no ano passado (Centro de Inteligência Financeira).
Olhando para frente, espera-se que Gana alinhe ainda mais seu regime de AML com as recomendações em evolução do Grupo de Ação Financeira (FATF). Regulamentações futuras podem introduzir divulgações mais rigorosas sobre a propriedade benéfica e sistemas KYC digitalizados, visando melhorar a transparência e a rastreabilidade nas transações de propriedade. Com o crescente mercado imobiliário de Gana, esperam-se melhorias regulatórias contínuas para reduzir os riscos sistêmicos e reforçar a confiança dos investidores nos próximos anos (Banco de Gana).
Resolução de Conflitos: Processos Legais e Jurisprudência Recente
A resolução de conflitos no setor imobiliário de Gana permanece um aspecto crítico da conformidade regulatória e da estabilidade do mercado. O quadro legal que rege disputas imobiliárias é fundamentalmente baseado na Lei da Comissão de Terras, 2008 (Lei 767), na Lei de Terras, 2020 (Lei 1036) e na Lei dos Tribunais, 1993 (Lei 459), entre outros estatutos. Essas leis estabelecem os processos para resolver conflitos sobre propriedade, registro, titulo, limites e fraudes transacionais. As principais vias para resolução de conflitos são através do sistema judicial formal e mecanismos alternativos, como arbitragem e mediação.
Nos últimos anos, o Serviço Judicial de Gana priorizou Tribunais Altos especializados para disputas de terras e propriedades, especialmente em regiões urbanas de alto crescimento, como Acra e Kumasi. Em 2024, o estabelecimento de Tribunais de Terra dedicados facilitou uma adjudicação mais rápida, com o tempo médio de resolução de casos reduzido de 36 meses em 2020 para aproximadamente 20 meses até o final de 2024, segundo estatísticas oficiais do tribunal. O backlog de casos de terras foi reduzido em quase 40% até o final de 2024, uma tendência que deve continuar em 2025 à medida que mais recursos forem alocados e sistemas de gerenciamento de casos digitais forem implementados.
A jurisprudência recente sinaliza um controle judicial mais rigoroso em relação ao registro de títulos de terras e transações fraudulentas. Por exemplo, no caso marcante de 2023, Nana Ama Osei v. Lands Commission & Ors, o Tribunal Superior decidiu que a falha da Comissão de Terras em detectar registro duplo equivalia a negligência administrativa, concedendo danos significativos ao requerente. O tribunal enfatizou o dever estatutário da Comissão de Terras de avaliar e verificar adequadamente todos os documentos de terras antes do registro, uma postura que agora está moldando as abordagens de conformidade entre os profissionais imobiliários (Comissão de Terras).
Paralelamente, o Centro de Resolução de Conflitos Alternativos (ADR) sob o Ministério da Justiça viu um aumento na aceitação, com mais de 1.200 mediações relacionadas a imóveis e terras realizadas em todo o país em 2024, um aumento de 30% em relação ao ano anterior. A ADR é particularmente favorecida por sua eficiência; a maioria das disputas é resolvida em seis meses, e a conformidade com os acordos mediados excede 80%. O governo pretende fortalecer ainda mais os quadros de ADR até 2025, incluindo mediação obrigatória para certas categorias de disputas de terras antes da adjudicação judicial.
Olhando para frente, as perspectivas para a resolução de conflitos no setor imobiliário de Gana são de continua modernização e eficiência. A expansão dos registros digitais de terras, reformas judiciais em andamento e uma cultura crescente de ADR devem contribuir para minimizar os gargalos de litígios e aumentar a confiança dos investidores. No entanto, a conformidade com as regulamentações em evolução — particularmente em relação ao registro de terras — permanece fundamental, à medida que tribunais e reguladores endurecem a aplicação em alinhamento com os precedentes judiciais recentes.
Estatísticas Chave: Crescimento do Mercado, Tendências de Investimento e Aplicação Regulamentar
O setor imobiliário de Gana experimentou um crescimento robusto na última década, com a expansão do mercado impulsionada pela urbanização, crescimento da classe média e aumento do investimento estrangeiro. A partir de 2025, o Centro de Promoção de Investimentos de Gana (GIPC) relata que o setor imobiliário permanece entre os cinco principais setores que atraem investimento estrangeiro direto (IED), representando um compromisso estimado de USD 250 milhões em novos projetos apenas em 2024. A população urbana, agora excedendo 58% do total nacional, continua a alimentar a demanda por propriedades residenciais e comerciais Centro de Promoção de Investimentos de Gana.
Para acompanhar o crescimento do setor e abordar lacunas regulatórias de longa data, o governo ganense promulgou a Lei de Agências Imobiliárias, 2020 (Lei 1047). Esta lei estabeleceu o Conselho de Agências Imobiliárias, encarregado de licenciar profissionais e empresas, estabelecer padrões e fazer cumprir a conformidade. No início de 2025, o Conselho havia registrado mais de 1.200 profissionais imobiliários e licenciados mais de 350 agências imobiliárias, um aumento significativo em relação a menos de 200 agências registradas em 2021 Ministério da Justiça e Departamento do Procurador-Geral.
A aplicação regulatória intensificou-se, com o Conselho iniciando auditorias regulares e verificações de conformidade para combater fraudes, lavagem de dinheiro e atividades não registradas. Em 2024, mais de 80 agências enfrentaram sanções por operar sem as devidas licenças ou por não atender aos requisitos de lavagem de dinheiro (AML) estipulados pelo Centro de Inteligência Financeira Centro de Inteligência Financeira. O Conselho de Agências Imobiliárias também colabora com a Comissão de Terras para agilizar o registro de títulos de terras, visando reduzir disputas e apoiar transações transparentes Comissão de Terras.
As tendências de investimento mostram uma mudança em direção a desenvolvimentos de uso misto, habitação acessível e edifícios verdes, alinhando-se às iniciativas do governo e reformas de planejamento urbano. O Ministério de Obras e Habitação tem como meta a construção de 250.000 unidades de habitação acessível até 2028, com parcerias público-privadas desempenhando um papel crítico Ministério de Obras e Habitação.
Olhando para frente, espera-se que os padrões de conformidade se tornem ainda mais rigorosos, com sistemas digitais para registro de propriedades e monitoramento de transações em desenvolvimento. Analistas de mercado antecipam influxos contínuos de IED e maior clareza regulatória, apoiando o crescimento sustentável do setor e aumentando a confiança dos investidores até 2025 e além.
Perspectivas Futuras: Reformas Antecipadas e Direções Políticas até 2030
O setor imobiliário de Gana está preparado para uma significativa transformação regulatória entre 2025 e 2030, impulsionada por uma agenda nacional para aumentar a transparência, a confiança do investidor e o desenvolvimento urbano sustentável. O setor passou a ter uma vigilância mais intensa à medida que a urbanização se acelera — mais de 57% dos ganenses devem viver em áreas urbanas até 2030, intensificando a demanda por habitação e espaço comercial (Serviço Estatístico de Gana).
Atualmente, a Lei de Agências Imobiliárias, 2020 (Lei 1047) permanece como o principal quadro que rege as atividades de corretagem e agenciamento imobiliário. Sua aplicação, liderada pelo Conselho de Agências Imobiliárias (REAC), deve se intensificar nos próximos anos, com emendas previstas para abordar lacunas relacionadas ao licenciamento, protocolos de lavagem de dinheiro (AML) e resolução de disputas. O REAC indicou consultas contínuas com as partes interessadas para revisar os procedimentos de conformidade e fortalecer as penalidades para operações não licenciadas (Conselho de Agências Imobiliárias).
Outra área importante de reforma diz respeito à administração da terra. A Lei de Terras, 2020 (Lei 1036), que consolida legislação anterior e simplifica os processos de registro de terras, está em revisão ativa para facilitar a digitalização e reduzir disputas de terras — um dos desafios mais persistentes do setor. O Ministério de Terras e Recursos Naturais anunciou que até 2027, a maioria dos registros de terra deve ser digitalizada, acelerando pesquisas de títulos e melhorando a integridade das transações.
A conformidade com os padrões internacionais de AML também é um ponto focal. Gana permanece sob observação de órgãos globais em relação aos riscos de lavagem de dinheiro relacionados a propriedades. Reformas regulatórias são esperadas para impor requisitos de verificação de clientes mais rigorosos aos agentes imobiliários e desenvolvedores, em linha com as recomendações do Centro de Inteligência Financeira e do Banco de Gana.
Estatísticas chave sublinham a urgência dessas reformas: o déficit habitacional permanece acima de 1,8 milhão de unidades, e o investimento em imóveis comerciais é projetado para aumentar à medida que Gana consolida sua posição como um centro de negócios regional (Serviço Estatístico de Gana). Espera-se que os formuladores de políticas introduzam incentivos para habitação acessível, padrões de construção verde e parcerias público-privadas dentro do quadro regulatório.
Em resumo, a perspectiva até 2030 sugere um ambiente regulatório amadurecido, com aplicação mais rigorosa, transformação digital e uma ênfase maior na sustentabilidade e integridade financeira — tudo visando criar um setor imobiliário resiliente e amigável ao investidor em Gana.
Fontes & Referências
- Parlamento de Gana
- Comissão de Terras
- Centro de Inteligência Financeira
- Serviço Estatístico de Gana
- Ministério das Finanças
- Lei de Proteção Ambiental, 1994 (Lei 490)
- Autoridade de Uso e Planejamento Espacial (LUSPA)
- Centro de Inteligência Financeira
- Banco de Gana
- Ministério da Justiça e Departamento do Procurador-Geral
- Serviço Estatístico de Gana